Quando nos deparamos com um problema, é mais do que comum focarmos nos impactos que ele pode trazer do que na melhor maneira de resolvê-lo. Contudo, uma mente condicionada a focar sempre na falta pode fazer surgir crenças de escassez. Vamos falar sobre isso?
O psicólogo Romanni Souza explica que as crenças de escassez estão ligadas à ideia de que para alguém ganhar, outra pessoa tem que perder. “Com a dificuldade de compreender que no mundo real, na grande maioria das vezes, só é possível ‘ganhar’ ajudando o outro a também receber alguma coisa, a escassez reflete a baixa crença de merecimento”.
Segundo o especialista, muitos são os motivos. “Os principais estão ligados às experiências que vivemos, à cultura que estamos inseridos e às pessoas com quem convivemos. Por exemplo, se uma pessoa foi criada por pais que tinham uma mentalidade de escassez, ela entende, de maneira inconsciente, que essa é a única realidade possível para ela”.

Os impactos das crenças de escassez
A psicóloga Meire Cassini explica as consequências das crenças de escassez. “Elas tendem a comprometer, atrapalhar e até limitar a própria pessoa a encontrar novas possibilidades, saídas e desfechos para o que lhe falta. Além disso, atrapalha ela a ter entendimentos que pode ser temporário e passageiro, modificando sua percepção sobre a realidade”.
Outro impacto das crenças de escassez é o fato de que elas fortalecem os sentimentos de perda, fracassos e impossibilidades. “Nem sempre de acordo de fato com as reais possibilidades enfrentadas de outro modo”.
Como lidar com o problema?
Muitas são as formas de lidar com as crenças de escassez, a principal delas, segundo a especialista, é promover o autoconhecimento. “Isso é possível buscando identificar as possíveis crenças e comportamentos existentes. É um importante início para também compreender os pontos de fragilidades e deficiências existentes”.
Depois, é preciso refletir e buscar desenvolver novas estratégias de possibilidades. “Olhe além, para isso a pessoa deve formular projetos, modificar e propor a si mesmo ações com novos horizontes. Novos comportamentos, novos sentimentos, ou seja, alterando a crença diante das situações de falta”, conclui.
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