Você já sentiu dor no couro cabeludo? Bastante comum, o sintoma pode ser o indicador de que algo anda errado. Para manter o cabelo bonito, é preciso pensar também no couro cabeludo. Para falar sobre o tema o Mulher Conectada conversou com a dermatologista Thalita Carlesso.
Ela explica as causas da dor no couro cabeludo. “Quando a pessoa tem o cabelo oleoso, há um acumulo de sebo, que forma caspa. Com a coceira, o couro cabeludo fica sensível e pode até ferir”.
Outra doença, segundo a especialista, é a dermatite. “Trata-se de uma reação alérgica da pele que gera sintomas como vermelhidão, coceira e descamação, podendo ser acompanhada pelo aparecimento de caspa e bolhas”.
A especialista adiciona que as pessoas com pouco volume de fios precisam ficar atentas ao se exporem ao sol. “Isso porque passar horas debaixo dele pode deixar couro cabeludo sensível, vermelho e com queimaduras dolorosas. O ideal é sair com chapéu e evitar muitas horas ao sol”.
Ela acrescenta que é comum a proliferação de fungos e bactérias que deixam o couro da cabeça oleoso. “Isso causa placas, coceira e feridas no couro cabeludo, através de processos inflamatórios”.
Outra doença frequente é a foliculite, infecção de pele que se inicia com pelos encravados, pode causar sensibilidade no couro cabeludo, e queda de cabelo. “Tem também a pediculose, que é a infestação de piolhos. Ela causa dor no couro cabeludo porque os piolhos picam para se alimentarem do sangue, que provoca coceira e pode machucar”.
A queda de cabelo pode gerar dor pois provoca a tricodinia, já que a região com menos fios fica bem mais sensível. “Além disso, o hábito de amarrar os fios com muita força, também pode causar dor no couro cabeludo ao longo do dia e até dar dor de cabeça”.

Quando a dor no couro cabeludo é preocupante?
A especialista indica que quando a dor no couro cabeludo persiste, o ideal é procurar um médico para um diagnóstico preciso e a escolha do tratamento adequado para a melhora. “Tem muitos problemas relacionados as doenças do couro cabeludo, como o hipotireoidismo, deficiência de vitamina B. Bem como a carência de ferro ou proteínas, estresse emocional, predisposição genética, entre outros. Mas, se a pessoa notar coceira, caspa, dor no couro cabeludo, vermelhidão, feridas, é necessário buscar orientação de um dermatologista”.
Como evitar o problema?
Thalita elucida que é muito importante uma higiene adequada do couro cabeludo e dos fios, usando produtos próprio para cada tipo e que ajudem no fortalecimento. “Também é bom reduzir o uso do secador, chapinha e babyliss, especialmente próximos à raiz, principalmente se já estiver com dor do couro abelhudo”.
Além disso, é essencial tomar cuidado com os procedimentos químicos, em especial os alérgicos. “A pessoa ainda deve evitar se expor ao sol por muito tempo durante esse período e evitar prender o cabelo por muitas horas seguidas para reduzir a tensão na região”.
Ademais, o ideal é não dormir com o cabelo molhado e evitar prender os cabelos quando estiverem úmidos. Também evitar o uso de bonés, chapéus e capacetes constantemente. “O ideal é lavar o cabelo na água morna ou fria, não aplicar condicionador no couro cabeludo, somente nos fios abaixo da raiz, se o cabelo for oleoso, aumentar a frequência das lavagens e controle o estresse e a ansiedade”.
Em conclusão, a especialista comenta sobre as consequências de não cuidar bem do couro cabeludo. “Além dos incômodos como dor, coceira, sensação de ardência e vermelhidão e constrangimento com caspa, há consequências mais drásticas, como a perda de cabelos. Além do mais, se a inflamação ao redor dos pelos for crônica, pode até causar alopecia definitiva, prejudicando também a autoestima”.