Durante o Setembro Amarelo, campanha dedicada à prevenção do suicídio, uma pesquisa da Preply revelou um dado preocupante: para 43% dos brasileiros, a própria família é o último grupo com quem desabafariam sobre questões emocionais.
O desconforto com familiares supera até a dificuldade de falar com colegas de trabalho, professores ou terapeutas. A pesquisa investigou os obstáculos que impedem os brasileiros de compartilhar suas emoções, destacando fatores como:
- Receio de incomodar: citado por 38,8% dos entrevistados.
- Dificuldade em encontrar as palavras certas: 33% enfrentam esse desafio.
- Falta de confiança nos outros: também mencionado por 28,8%.
- Medo de julgamento: afeta outros 28,8%.
Brasileiros preferem ouvir a falar sobre suas emoções
Embora compartilhar sentimentos seja essencial para a saúde mental, a pesquisa apontou que 66% dos brasileiros preferem atuar como ouvintes em conversas sobre emoções. Apenas 36% disseram se abrir frequentemente com outras pessoas, reforçando a dificuldade de lidar com a própria vulnerabilidade.
Esse comportamento se intensifica dependendo do ouvinte. Segundo o estudo, os familiares são o grupo que mais gera desconforto, enquanto profissionais de saúde e colegas de trabalho oferecem maior sensação de acolhimento. O medo de parecer frágil ou ser mal interpretado contribui para esse cenário.
Como oferecer apoio emocional durante o Setembro Amarelo
Apesar das dificuldades, as palavras certas podem fazer diferença para quem enfrenta sofrimento mental. Segundo a pesquisa, as frases mais reconfortantes para os brasileiros são:
- “Estou aqui por você” (47,4%): reforça a ideia de suporte emocional.
- “Leve o tempo que precisar” (39,8%): valida o ritmo pessoal de recuperação.
- “Seu bem-estar é uma prioridade” (41,8%): demonstra preocupação genuína.
- “Está tudo bem pedir ajuda” (38%): normaliza a busca por suporte profissional.
Essas expressões simples mostram como o cuidado com a saúde mental começa com a empatia e a disposição para ouvir.